Ravengar: Ordem e Progresso (email ao Correio da Bahia)
Prezados jornalistas do Correio da Bahia,
Envio esse email a redação desse magnífico jornal para falar um pouco sobre a matéria intitulada Estatuto do Crime do dia 6 de outubro.
Bom, de início imprescindível analizar a repercussão que o assunto teve na Bahia, em todas as mídias o assunto foi divulgado como se fosse o supra-sumo do poder dos criminosos na Bahia.
Acredito eu, na minha mera opinião de leitor, que, os meios de comunicação e a sociedade baiana, cada um de nós deve deixar a hipocrisia de lado e constatar a realidade. Não é novidade para ninguém que o Estado nunca mandou nos presídios, não somente aqui na Bahia, mas, em todo o Brasil.
Os fatos: existe um código de ética e condutas entre os criminosos. Qual a novidade? Pela reportagem o próprio Ravengar entregou a cópia do “ Ordem e Progresso” ao superintendente de assuntos penais da SJCDH, Isidoro Orge, pedindo que fosse encaminhada ao MP, Defensoria Pública com o intuito de se tornar um código geral. Ora, ao contrário do Estado que não logra êxito algum no que tange a ressocialização do preso, esse código, não somente o faz bem como, indica os caminhos a serem seguidos.
Contudo é nessas horas que o Estado brasileiro mostra toda a sua ignorância em relação aos assuntos de dentro das prisões e ao ver iniciativas como essa com resultados sente-se incomodado.
O pavilhão 1 como foi mostrado em toda a reportagem é o de melhor comportamento. A juíza Andremara Santos, fez mister o cargo que ocupa e proferiu as palavras mais acertadas nessa história: “ Um material desses precisa ser levado em conta. Em vez de desdenhar, a gente tem que perguntar o que o Estado está fazendo pela disciplina na cadeia”.
E eu respondo com uma frase que ouvi de um professor de direito penal: “ A cadeia não ressocializa ninguém, mas cumpre uma função social importante: separar da sociedade aqueles indivíduos que são nocivos a ela”.
Ordem e Progresso é um código que sempre existiu e sempre existirá enquanto as cadeias do Brasil não forem os locais adequados para a reintegração do preso à sociedade. Esse foi impresso, e por isso afronta a organização legal, não, afronta a desorganização legal.
Finalmente aqueles que respondem, ou melhor, que se sentem ameaçados pela sua própria ineficácia, sentem-se no ímpeto de mostrar serviço. Certamente, qual o sentido de mandar Ravengar para fora do Estado? Ele liderou uma atitude que deveria ser feita e exista há séculos dentro da PLB? Ele incitou os detentos a rebeliões? Ele obrigou aqueles a usar camisa e cueca no dia das visitas? Vamos acordar para a realidade e deixar a hipocrisia de lado pois já estamos suficientemente entendidos sobre as responsabilidades nunca cumpridas pelo Estado.
Madson Thomaz Prazeres Sousa
Bacharelando em Direito/ UCSAl
Envio esse email a redação desse magnífico jornal para falar um pouco sobre a matéria intitulada Estatuto do Crime do dia 6 de outubro.
Bom, de início imprescindível analizar a repercussão que o assunto teve na Bahia, em todas as mídias o assunto foi divulgado como se fosse o supra-sumo do poder dos criminosos na Bahia.
Acredito eu, na minha mera opinião de leitor, que, os meios de comunicação e a sociedade baiana, cada um de nós deve deixar a hipocrisia de lado e constatar a realidade. Não é novidade para ninguém que o Estado nunca mandou nos presídios, não somente aqui na Bahia, mas, em todo o Brasil.
Os fatos: existe um código de ética e condutas entre os criminosos. Qual a novidade? Pela reportagem o próprio Ravengar entregou a cópia do “ Ordem e Progresso” ao superintendente de assuntos penais da SJCDH, Isidoro Orge, pedindo que fosse encaminhada ao MP, Defensoria Pública com o intuito de se tornar um código geral. Ora, ao contrário do Estado que não logra êxito algum no que tange a ressocialização do preso, esse código, não somente o faz bem como, indica os caminhos a serem seguidos.
Contudo é nessas horas que o Estado brasileiro mostra toda a sua ignorância em relação aos assuntos de dentro das prisões e ao ver iniciativas como essa com resultados sente-se incomodado.
O pavilhão 1 como foi mostrado em toda a reportagem é o de melhor comportamento. A juíza Andremara Santos, fez mister o cargo que ocupa e proferiu as palavras mais acertadas nessa história: “ Um material desses precisa ser levado em conta. Em vez de desdenhar, a gente tem que perguntar o que o Estado está fazendo pela disciplina na cadeia”.
E eu respondo com uma frase que ouvi de um professor de direito penal: “ A cadeia não ressocializa ninguém, mas cumpre uma função social importante: separar da sociedade aqueles indivíduos que são nocivos a ela”.
Ordem e Progresso é um código que sempre existiu e sempre existirá enquanto as cadeias do Brasil não forem os locais adequados para a reintegração do preso à sociedade. Esse foi impresso, e por isso afronta a organização legal, não, afronta a desorganização legal.
Finalmente aqueles que respondem, ou melhor, que se sentem ameaçados pela sua própria ineficácia, sentem-se no ímpeto de mostrar serviço. Certamente, qual o sentido de mandar Ravengar para fora do Estado? Ele liderou uma atitude que deveria ser feita e exista há séculos dentro da PLB? Ele incitou os detentos a rebeliões? Ele obrigou aqueles a usar camisa e cueca no dia das visitas? Vamos acordar para a realidade e deixar a hipocrisia de lado pois já estamos suficientemente entendidos sobre as responsabilidades nunca cumpridas pelo Estado.
Madson Thomaz Prazeres Sousa
Bacharelando em Direito/ UCSAl
Oi madson sou formada em Direito com especialização em Ambiental,prefiro a parte acadêmica, estava passando e fiquei para te seguir..parabéns pelos posts e pelo blog.
ResponderExcluirabraço